Uma técnica desenvolvida em Araraquara (SP) permite que tijolos
utilizados na construção civil sejam feitos a partir de lixo orgânico. O
composto, desenvolvido por um químico local, pretende baratear a
produção dos blocos de alvenaria, a partir da redução do uso de areia e
concreto na composição dos tijolos. Além disso, o processo visa oferecer
um destino sustentável ao lixo doméstico. O produto, segundo os
desenvolvedores, é inodoro e livre de germes.
Segundo o químico que desenvolveu a técnica, Marcelo dos Santos, o
custo para a fabricação de cada tijolo com a nova composição pode cair
pela metade, já que o produto originado pelo lixo doméstico é
autossustentável e pode substituir até 50% da areia e 30% do concreto
utilizados na produção convencional.
“O lixo chega como sai da casa das pessoas, dentro do saco plástico, e
separamos os detritos do material reciclável, que é vendido para uma
cooperativa e com o dinheiro pagamos a produção”, afirma.
No mercado, o tijolo orgânico custaria R$ 0,70, frente aos R$ 1,20 do bloco convencional.
Processo – Após a separação, o lixo orgânico passa
por um triturador e é fragmentado. “O material fica moído e depois vai
para um misturador, onde uma composição química é acrescentada a ele”,
explica Santos.
A composição, patenteada pelo químico, é responsável por esterilizar o
material orgânico, livrando-o de bactérias, vírus, fungos ou vermes
capazes de produzir doenças infecciosas, e deixa-o inerte, evitando que
polua o ambiente. O produto foi desenvolvido após dois anos de pesquisa,
realizada durante os estudos de mestrado de Santos.
Depois do processo de mistura, a massa pastosa passa por uma máquina
peletizadora, onde é dividido em pequenos pedaços, com aparência de
ração animal. No mercado, uma máquina deste tipo custa em torno de US$
100 mil, mas o químico produziu a estrutura pelo equivalente a R$ 2,5
mil, com ajuda de seu sócio, o metalúrgico e sociólogo José Antônio
Masoti. “Levamos um ano para construir a fábrica piloto, com material
até de ferro velho e gastamos em torno de R$ 80 mil em tudo”, comenta
Masoti.
A composição em pedaços, então, é levada para um forno e passa por
secagem para a última etapa da produção do material orgânico, que será
utilizado na produção dos tijolos. Em um moinho, o produto é
transformado em pó, para poder ser acrescentado na produção dos blocos
de concreto.
Toda a produção do composto orgânico para ser incrementado na
fabricação dos tijolos está sendo feita em caráter de testes no fundo da
metalúrgica de Masoti e o pó ainda não é utilizado oficialmente, já que
aguarda credenciamento. “Levamos os blocos pilotos para serem testados
em uma empresa da cidade credenciada pelo Inmetro, mas um teste oficial
precisaria de uma grande amostragem para ser realizado”, explica Santos.
Entretanto, os protótipos produzidos com 30% da quantidade normal de
areia e 20% de concreto atingiram resistência equivalente ao dobro do
exigido pelo Inmetro. Novos testes serão feitos pela Universidade de São
Paulo (USP), de São Carlos, nesta semana, para ajudar no credenciamento
da técnica.
“Nossa intenção é levar adiante a ideia de sustentabilidade na
produção dos tijolos e ajudar na construção de casas populares e ainda
dar um bom destino para o lixo que produzimos”, comenta Santos. (Fonte: Felipe Turioni/ G1)
sexta-feira, 18 de maio de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Neste domingo acontece o 3º Abraço no Parque Vila Ema
Neste domingo, dia 20 de maio, a
partir das 10h30, será realizado o Ato Público em prol do Parque Vila Ema na
área da antiga chácara de imigrantes alemães, situada na Avenida Vila Ema, nº 1523,
esquina com a Rua Batuns. O evento, com apresentações musicais, palestras e o
abraço simbólico, está sendo organizado pelo Movimento Viva o Parque, integrado
por diversas entidades da sociedade civil da região.
O movimento nasceu em 2009,
quando surgiu a notícia da construção pela Tecnisa de quatro torres
residenciais na área. O empreendimento poderia colocar em risco as 477 árvores
ali existentes, muitas das quais são remanescentes da Mata Atlântica.
Desde então, foram realizadas reuniões,
manifestações públicas, abaixo-assinado, poesias e até um site de apoio foi criado.
Para preservar esse oásis verde e transformá-lo num parque aberto à população,
o Ministério Público foi acionado e congelou a construção dos prédios por cinco
anos.
Na Câmara Municipal, a vereadora Juliana
Cardoso criou o Projeto de Lei nº 410/10 que reserva a área para implantação de
parque público. Em outubro de 2010, a Prefeitura declarou o terreno de
utilidade pública para fins de desapropriação, conforme Decreto nº 51.875.
O processo administrativo saiu da Secretaria
do Verde e Meio Ambiente e está desde novembro do ano passado na Secretaria de
Negócios Jurídicos. A pasta está realizando estudo fundiário para avaliar o
valor da área e propor a sua aquisição pela Prefeitura.
Há um ano e meio, a expectativa dos moradores
é o anúncio da compra do terreno para implantação do parque com atrativos
básicos como pista de caminhada, aparelhos de playground, sala de administração
e, o mais importante, cercado e com toda a segurança necessária.
A região é uma das que mais sofre com a falta
de verde. A Subprefeitura Vila Prudente/Sapopemba possui apenas 3,01 m² de área
verde por habitante e a Subprefeitura Mooca tem 3,52 m², enquanto a ONU
recomenda o mínimo de 12 m² por habitante.
Além da falta de verde, a Vila Ema perdeu nos últimos 30 anos importante equipamentos públicos como o CDM
Parque Sevilha, a Praça Rolim de Moura e a área de esportes dos Veteranos
Brasil. Como se não bastasse, a antiga fábrica das Linhas Corrente está virando
pátio dos trens do monotrilho. Na obra, muitas árvores tiveram que ser
derrubadas e outras transplantadas.
Fazem parte do Movimento Viva o Parque a União
dos Moradores da Vila Santa Clara, ONG Planeta 21, Movimento Filosófico O
Peripatético, Chega de Demolir, Movimento Santa Clara Melhor, Gazeta Vila Diva,
Associação dos Moradores da Comunidade das Linhas Corrente e Associação dos Moradores
de Vila Zelina (Amoviza).
Telefone
8727-9556 (Jonas Nunes
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Obra Social Dom Bosco e Bom Pastor realizam festa de dia das mães
Obra Social Dom Bosco e Bom Pastor realizam festa de dia das mães
No próximo sábado, dia 12 maio, a Obra Social Dom Bosco e a Associação Beneficente Bom Pastor vão promover uma festa para comemorar o dia das mães.
Todos os núcleos vão se reunir e os educandos vão realizar apresentações especiais de música, dança e esporte para homenagear todas as mães convidadas.
Além disso, o ministério de música Illumminay da comunidade São José, vencedor do concurso Vozes da Igreja no ano passado, vai se apresentar e a fanfarra Dom Bosco vai encerrar a festa.
O evento vai acontecer das 13 às 17h, no Centro de Formação e Cultura (CFC), localizado na rua do Contorno s/n, ao lado da estação de metrô Corinthians-Itaquera.
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